Apresentação

Gerar, disseminar e debater informações sobre ALIMENTOS PARA ESPORTISTAS, sob enfoque de Saúde Pública, é o objetivo principal deste Blog produzido no Laboratório de Vida Urbana, Consumo & Saúde - LabConsS da FF/UFRJ, com participação de alunos da disciplina “Química Bromatológica” e com apoio e monitoramento técnico dos bolsistas e egressos do Grupo PET-Programa de Educação Tutorial da SESu/MEC.

Recomenda-se que as postagens sejam lidas junto com os comentários a elas anexados, pois algumas são produzidas por estudantes em circunstâncias de treinamento e capacitação para atuação em Assuntos Regulatórios, enquanto outras envolvem poderosas influências de marketing, com alegações raramente comprovadas pela Ciencia. Esses equívocos, imprecisões e desvios ficam evidenciados nos comentários em anexo.

domingo, 13 de julho de 2008

O que são efetivamente os suplementos protéicos?






A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) define alimentos protéicos como: “produtos com predominância de proteína(s), hidrolisada(s) ou não, em sua composição, formulados com o intuito de aumentar a ingestão deste(s) nutriente(s) ou complementar a dieta de atletas, cujas necessidades protéicas não estejam sendo satisfatoriamente supridas pelas fontes alimentares habituais.

Esses alimentos são constituídos por proteínas do soro do leite, que são extraídas do soro por diversas técnicas de processamento, como exemplo, a filtração. A proteína é constituída por subfrações protéicas chamadas de aminoácidos. A composição de amoniácidos no alimento dependerá da técnica empregada na separação da proteína do soro.

As propagandas passam a idéia que quanto mais proteína ingerida, melhor será para o aumento de massa muscular. Mas isso não é verdade, pois cada indivíduo tem sua limitação na prática do exercício, com necessidades metabólicas diferentes. Sendo assim, sua necessidade pode ser ou não suprida apenas com uma alimentação equilibrada. Caso essa necessidade não seja suprida apenas pela alimentação, é que esses suplementos protéicos são necessários (conforme definição da ANVISA). A ingestão diária recomendada (IDR) para adultos, segundo a portaria nº 33, de janeiro de 1998, é de 50g de proteínas pois o excesso destes no organismo é excretado e pode levar a sobrecarga hepática e renal.


Referências Bibliográficas:

  • Junior, James F. Hickon; Wolinsky, Ira. Nutrição no exercício e no esporte. 2°

edição. Editora Roca; 2-12 pp.

  • Powers, Scott K. ; Howley, Edwart T. Fisiologia do exercício. Teoria e aplicação ao

condicionamento e ao desempenho. 3° edição. Editora Manole. 463-478 pp.

  • Costill, David; Wilmore, Jack H. Fisiologia do esporte e do exercício. 2° edição.

Editora Manole. 475-484 pp.

  • lehninger, Albert Lester1917 – 1986. lehninger princípios de bioquímica / David

L. Nelson, Michael M. Cox; traduzido por Arnaldo Antonio Simões, Wilson

Roberto Navega Lodi – 3° edição – São Paulo : Sarvier, 2002. 486,511,512,842

pp.

  • PORTARIA N º 222, DE 24 DE MARÇO DE 1998 - ANVISA
  • PORTARIA Nº 27, DE 13 DE JANEIRO DE 1998 - ANVISA
  • PORTARIA Nº 841, DE 23 DE OUTUBRO DE 1998 – ANVISA
  • Portaria nº 33, de janeiro de 1998 – ANVISA.

Daniele Fraga Sant´Ana e Jacqueline Serzedello de Souza


4 comentários:

Karina Massad e Karla Rejane de Alencar disse...

Muito interessante seu blog. Para mim, assim como para a maioria das pessoas acredito eu, quanto mais suplemento a pessoa ingerisse, mais massa muscular ela ganharia. Mas na realidade não é bem assim que ocorre. O que pude perceber, é que esse produto na realidade era para ser um medicamento utilizado no caso de carência proteica, mas infelizmente é utilizado para outros fins.
Karina Massad

Fabiana Lino disse...

O marketing para a venda de produtos visam sempre a venda do produto,introduzindo a idéia de que estes são essencias para melhora da performace do indivíduo.Entretanto não destacam os danos que o consumo desses podem acarretar a saúde dos consumidores.Por exemplo,os suplementos energéticos que sobrecarregam fígado e rins, levando a insuficiência.Na postagem de energy drinks também ocorre o mesmo processo, as propagandas mostram a utilidade, sem mostrar possíveis danos.
Além disso o uso que vem se popularizando é associação com bebidas alcoolicas, levando a desidratação, arritmia cardíaca e mesmo infarto.
Portanto, é de fundamental importância a legislação tornar obrigatório a exposição em propagandas dos possíveis riscos no consumo desses tipos de produtos , principalmente se feito em excesso.

Nicholas Tiellet - Aluno 8° período Farmácia UFRJ disse...

Interessante abordagem e bastante esclarecedora, principalmente para leigos e atletas amadores. De fato o marketing envolvendo esse tipo de produto pode levar ao consumo desnecessário, assim como ocorre com vários outros produtos de outros setores.
A dieta realmente é o principal para um atleta e nada a substitui. Como o próprio nome sugere, é apenas um suplemento.
No entanto, vejo suplementos como uma maneira de tornar a vida de pessoas que precisam ingerir tais nutrientes mais prática. Atletas de ponta muitas vezes tem uma necessidade nutricional elevada e o consumo do suplemento torna tudo mais fácil já que é algo facil de ser conservado e transportado para qualquer lugar, diferente de alimentos já preparados.

Anônimo disse...

Este tema é muito interessante e achei muito importante abordá-lo. Porém, ao meu ver, faltou deixar mais claro os riscos de consumir proteínas em excesso, devido ao fato desse excesso ser eliminado, podendo levar à sobrecarga hepática e renal. A sobrecarga hepática pode ocorrer, pois o fígado é responsável por metabolizar as proteínas e a sobrecarga renal pode ocorrer, pois os rins são responsáveis pela excreção das proteínas. Além disso, acho que faltou abordar a questão da legislação e regulamentação dos suplementos proteicos.